domingo, outubro 09, 2011

Soneto do amigo

                            



Enfim, depois de tantos erros passados
Tantas retaliações, tantos perigos
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
                                Vinicius de Moraes


                                                                                                      @maasoliani

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